quinta-feira, 5 de agosto de 2021

ENÉAS CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE

 


ENÉAS CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE, PREFEITO DE CEARA MIRIM NO PERÍODO DE 1947 A 1948


TEXTO ELABORADO PELO ACADÊMICO DA ACLA EMMANUEL CRISTÓVÃO DE OLIVEIRA CAVALCANTI, NETO DO HOMENAGEADO.

Enéas Cavalcanti de Albuquerque nasceu no Engenho Pedregulho, no município de Ceará-Mirim, em 20 de setembro de 1880 e faleceu em Natal, em 1º de maio de 1948. Era filho do casal Dr. Ignácio Leopoldino Cavalcanti de Albuquerque (advogado, natural da cidade de Itabaiana, Paraíba, formado em Direito pela histórica Faculdade de Direito de Olinda, Pernambuco) e de Ignácia Maria de Loyolla (natural da província de Catalúnia, na Espanha).
Muito cedo Enéas ficou órfão de seu pai Ignácio, que faleceu aos 33 anos de idade, deixando uma prole de 8 filhos menores, razão porque como um dos irmãos mais velhos, passou a se dedicar mais cedo às atividades da agro-indústria do açúcar, para ajudar a sua mãe Ignácia a criar os irmãos menores, que ficaram na orfandade.
Já como adulto, passou a ser proprietário dos Engenhos Capela e Jaçanã, seu predileto, onde na sua Casa Grande criou 12 filhos, um sobrinho e um cunhado.
Seu irmão, Hermínio Leopoldino Cavalcanti de Albuquerque, foi durante muito tempo o proprietário do belo Engenho Nascença, conhecido pela sua esplêndida fonte natural, nascedoura do Rio Água Azul, que corre com suas águas límpidas em todo o Vale do Ceará-Mirim. Este engenho foi vendido, posteriormente, ao Dr. Roberto Varela.
Euclides Cavalcanti de Albuquerque, seu irmão mais novo, foi o proprietário do Engenho Santa Rita, onde se fabricava a mais adocicada e gostosa rapadura do Vale. Tal Engenho foi vendido ao sr. Ruy Antunes Pereira, tradicional senhor de Engenho no Ceará-Mirim.
Como pode se verificar, Enéas Cavalcanti fez parte de uma família, a Cavalcanti de Albuquerque, cheia de “Senhores de Engenho” do antigo Ceará-Mirim, de um passado distante, que formavam a chamada aristocracia rural do Vale.
Por outro lado, foi o mais influente dos irmãos, na vida do Ceará-Mirim, onde exerceu a função de Juiz de Paz e de Prefeito Municipal, bem como uma liderança nata e uma administração dinâmica e realizadora, numa época em que os municípios não recebiam recursos estaduais, nem federais, gerindo administrativamente, tão somente os recursos arrecadados no âmbito do município, sem os propalados “Fundos de Participação” de hoje.
Exaltava-se a sua capacidade de aglutinar pessoas, de fazer amizades e o seu grande poder de comunicação. Expressava-se com facilidade e argumentava com boa lógica. Razoável orador nos atos públicos e nos comícios partidários, como presidente do então Partido Social Democrático.
De olhar penetrante e altivez, possuía uma austeridade, sem imposições ou superioridade estudada. Sua liderança surgia sem encenação ou preocupações de evidências, liderança que se estendia a quantos que com ele privaram, dos mais humildes, aos de nível social alto, mormente quando reunidos para uma apreciação de fundo Político-Comunitário.
Seu mundo girava em torno do velho Engenho Jaçanã, encanto de sua vida de Agro-pecuarista. Refúgio de suas emoções, divididas com a imensa e feliz família de 12 filhos, que o cercou e o admirou até o seu último momento.
Ele é o exemplo, uma alegria, uma saudade e um estímulo ao comportamento probo, a solidariedade humana e o amor à vida.
Sua paixão pelo Ceará-Mirim se manifestava com tudo que se relacionava com a terra querida.
Faleceu em 1º de maio de 1948, em decorrência de um choque anafilático, em Natal, em pleno exercício do mandado de Prefeito Municipal de Ceará-Mirim.
Eram seus 12 filhos: Eulália, Leovegildo, Orminda, Edson, Teodolina, Bernadete, Margarida, Inácio (Patrono da ACLA), Conceição, Estela, Frassinete e Zélia – todos Cavalcanti de Albuquerque

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Pedro Higo Do Nascimento, Luzimar Freire e outras 2 pessoas curtiram isso.

FONTE - SITE ACADEMIA CEARÁ-MIRINENSE DE LETRAS E ARTES “PEDRO SIMÕES NETO”

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